DANÇA DE RODA - Danças Circulares Sagradas ou dos Povos

As danças circulares são, em sua maioria, danças folclóricas de diversos povos. São consideradas uma meditação em movimento, e têm diferentes objetivos, tanto terapêuticos, com benefícios mentais e físicos, quanto como atividade de relaxamento, diversão e integração de grupos. Ao trabalharem o equilíbrio entre o individual e o coletivo estimulam as atitudes cooperativas e o respeito às diferenças, já que a roda precisa de todos para acontecer e cada um tem seu tempo de aprender.

Aqui você encontrará mais informações sobre elas, além de agenda de cursos e de eventos relacionados.

Além das rodas nos parques, oferecemos também

Consultoria para Empresas e Instituições

Atuamos junto a empresas e instituições, utilizando as Danças Circulares com o objetivo de desenvolver e estimular competências e habilidades fundamentais para o ótimo desempenho de funcionários e gestores, entre elas:

* atitudes cooperativas;
* capacidade de trabalhar em grupo;
* liderança;
* criatividade.

Consulte-nos para que possamos desenvolver um programa personalizado para seus funcionários ou colaboradores.



Grupos regulares

Em condomínios, clubes ou academias.
Aulas em grupo, no mínimo 10 e no máximo 30 pessoas por turma.
Uma vez por semana, aula com 1:00 h. de duração, no período da manhã ou tarde.

Local: a combinar.
Para mais informações, entre em contato conosco.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Danças de hoje

Hoje tivemos a visita de um grupo de professoras da Educação Infantil, que vieram conhecer o nosso trabalho e vivenciar uma roda de danças circulares pela primeira vez. Foi um prazer muito grande e, exercitando a nossa flexibilidade, mudamos o repertório para contemplar algumas danças que elas pudesse fazer com as crianças também. As danças de hoje foram Anel de Pedra Verde, Mando Tiro, Roda da Carambola, Kumbalauê e Dança do Sol.

Andar de Manhã - Rubem Alves

Durante as duas últimas semanas tenho começado os meus dias cometendo um furto. Não sei como evitar esse pecado e, para dizer a verdade, não quero evitá-lo. A culpa é de uma amoreira que. desobedecendo às ordens do muro que a cerca, lançou seus galhos sobre a calçada. Não satisfeita, encheu-os de gordas amoras pretas, apetitosas, tentadoras, ao alcance da minha mão. Parece que os frutos são, por vocação, convites a furtos: basta mudar a ordem de uma única letra... Penso que o caso da amoreira comprova essa tese linguística: tudo tem a ver com o nome. Pois amora é palavra que, se repetida muitas vezes, amoramoramoramoramora, vira amor. Pois não é isso que é o amor? Um desejo de comer, um desejo de ser comido... O muro, tal como o mandamento, diz que é proibido. Mas o amor não se contém e, travestido de amora, salta por cima da proibição. Foi assim no paraíso... Os poucos transeuntes que passam por ali àquela hora da manhã talvez se espantem ao ver um homem de cabelos brancos colhendo amoras proibidas. Mas, se prestarem bem atenção, verão que quem está ali não é um homem com cerca de 70 anos, é um menino. E como foi o próprio filho de Deus que disse que é preciso voltar a ser menino para entrar no Reino dos Céus, colho e como as amoras com convicção redobrada. E para que não pairem dúvidas sobre a inspiração teologal do meu ato, enquanto mastigo e o caldo roxo me suja dedos e boca, vou repetindo as palavras sagradas: "Tomai e bebei, este é o meu sangue...". Ah! A divina amora, graciosa dádiva sacramental! Começo assim o meu dia, furtando o fruto mágico que opera o milagre por todos sonhados de voltar a ser criança.

Assim revigorado no corpo e na alma por esse maná divino caído dos céus, prossigo na minha caminhada matutina. Ando não mais que 50 passos e estou sob uma longa alameda de pinheiros. Neles, não há nenhuma fruta que eu possa roubar, pois nada produzem que possa ser comido. Pinheiros não são para a boca. São dádivas aos olhos. É cedo ainda. O sol acabado de nascer ilumina suas espículas verdes, que brilham como agulhas de cristal. Lembro-me de Le Corbusier, que dizia que “as alegrias essenciais são o sol, o espaço, o verde”. Mas os pinheiros sabem mais que o arquiteto, e às alegrias da luz acrescentam as alegrias do cheiro. Respiro fundo e sinto o perfume de resina.

Se me perguntarem no que penso, respondo com um verso Tao: “O barulho da água diz o que eu penso”. Penso as amoras, penso os pinheiros, penso a luz do sol, penso o cheiro da resina.

É tempo da floração das sibipirunas. Verdes e amarelas, elas cresceram dos dois lados da rua onde ando, transformando-a num longo túnel sombrio. Durante a noite, suas flores caíram, cobrindo a calçada e transformando-a num tapete dourado. Desço da calçada e ando no asfalto para não pisá-las. Lembro-me da voz misteriosa que falou a Moisés, de dentro da sarça que ardia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois o chão onde pisas é santo”.

Para contemplar esse espetáculo é necessário levantar cedo, pois logo as donas de casa e suas vassouras tratarão de restaurar no cimento a sua fria limpeza. Isso me dói, e com a dor vem o pensamento. Pergunto-me sobre a educação perversa que fez com que as pessoas se tornassem cegas para a beleza generosa das árvores, tratando suas flores como se fossem sujeira. Mas as sibipirunas, indiferentes à cegueira dos homens e das vassouras, repetirão o milagre durante a noite. Amanhã as calçadas estarão de novo cobertas de ouro.

Caminho um pouco mais e chego ao Bosque dos Alemães. Espera-me ali um outro deleite, o deleite dos ouvidos: há uma infinidade de cantos de pássaros que se misturam ao barulho das folhas sopradas pelo vento. Não estou sozinho. Fazem-me companhia muitas outras pessoas, entregues ao exercício matutino do andar e do correr. Estão ali por medo de morrer antes da hora. É preciso exercitar o coração. Mas parece que é só isso que exercitam. Pois, por mais que me esforce, não consigo perceber em seus rostos sinais de que estejam exercitando também o deleite dos olhos, do nariz ou dos ouvidos. Correm e caminham com olhos fixos no chão, graves e concentradas, compelidas pelas necessidades médicas. E, por causa disso, por não saberem ver e ouvir, não se dão conta de um comovente caso de amor que ali se desenrola. Percebi o romance faz muito tempo, quando ouvi os gemidos que vinham do alto. Lá em cima, longe dos olhares indiscretos, um gigantesco eucalipto e uma árvore de rolha se abraçam. Seus galhos entrelaçados revelam o amor dos namorados. Acho que fazem amor, pois, quando o vento sopra fazendo suas cascas se esfregarem uma contra a outra, elas gemem de prazer... e dor.

Ando toda manhã. Por razões médicas, é bem verdade. Mas mesmo que não existissem, andaria da mesma forma, pelos pensamentos leves e alegres que a natureza me faz pensar. Boa psicanalista é a natureza, sem nada cobrar, pelos sonhos de amor que nos faz sonhar.

ALVES, Rubem. As melhores crônicas de Rubem Alves. São Paulo: Papirus.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

terça-feira, 26 de abril de 2011

Danças dos Povos

Hoje tivemos uma roda muito animada no PET Anália Franco. O nosso tema do mês de abril foram as danças tradicionais dos diversos povos, e hoje fizemos as seguintes:
  • Ciranda, tradicional do Brasil
  • Hanter Dro, da Bretanha
  • Ballos, da Grécia
  • Dabke, dos países de cultura árabe
Comentei com as participantes que existem diversos locais aqui em São Paulo onde podemos participar de eventos organizados por pessoas da comunidade grega. Para obter mais informações sobre datas e locais, visite:

http://www.zorbas.com.br: Grupo Zorbás, que promove jantares com danças típicas e quebra de pratos no Espaço Aman, em Moema.

http://www. grupogrecia.com.br: Grupo Grécia, também promove eventos. Consulte a programação em http://www.estudiodancasdomundo.com

Ambos os grupos têm páginas no facebook, onde divulgam os próximos locais e datas onde estarão dançando.

Cancelamento das Rodas no Parque Ermelino Matarazzo

Infelizmente, as rodas foram canceladas por falta de público participante. O parque é pequeno, mas muito agradável, tivemos uma recepção ótima por parte das pessoas que trabalham lá, mas poucos moradores da região o conhecem ou frequentam. Esperamos poder retomar as danças circulares lá, então, caso você seja morador(a) das proximidades e tiver interesse em dançar conosco, entre em contato.

Continuamos dançando do PET Anália Franco, todas as terças-feiras, das 9h30 as 11h00.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As Danças Circulares nos parques estão de volta!


Todas as terças, das 9h30 as 11h30, no PET Anália Franco (antigo Ceret). R. Canuto de Abreu, s/n, próximo ao Shopping Anália Franco. As quintas, no mesmo horário, no Parque Ermelino Matarazzo (Dom Paulo Evaristo Arns), R Abel Tavares, 1564. Esperamos você para dançar com a gente!

sábado, 5 de junho de 2010

 
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